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Comrades (África do Sul): relato de Alexandre Sampaio

“A Comrades, em sua essência, não se mostrou para mim como uma prova em que o desafio principal é o cumprimento da distância, mas sim o de participar de uma coletividade em sua marcha simbólica, seu retorno ao lar, exultando por seus antepassados heróis de guerra, companheiros, camaradas.

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São 89km conquistando grandes e pequenas montanhas, subindo e descendo, caminhando e correndo. Não há trecho em que se encontre só, dado o grande número de corredores e a animada participação do povo ao longo do trajeto, oferecendo os mais diversos alimentos e bebidas, desde água e energéticos conseguidos nos postos religiosamente dispostos a cada 2km, até hambúrgueres, rosquinhas doces e champanhe, num contrastante arco íris de classes, raças e línguas que caracterizam a África do Sul como a verdadeira Rainbow Nation.

Qualquer um que tenha corrido a Comrades sabe das provações físicas e da tamanha disciplina mental necessária para manter a marcha, em constantes negociações com pernas e pés. Neste ano par, após um doloroso e longo

trecho de descida, adentrar aquele estádio de cricket recebendo os aplausos de um público efervescente é uma emoção única e indescritível. Receber de um honorável senhor uma medalha que é tão significativa e valiosa quanto simples e pequena.

Ao terminar uma Comrades, você pode ter diversas razões para estar feliz e se orgulhar. Pode tê-la concluído no tempo esperado ou ainda melhor que o esperado. Pode estar esgotado, porém fisicamente íntegro e sem lesões. Pode estar feliz por sua estratégia acertada de suplementação e faseamento de paces, entre outras razões.No entanto, se ao menos puder comemorar sua vitória em ter concluído os extenuantes 89Km em até 12 horas, pode ter certeza de que estará comemorando o maior dentre todos os motivos particulares que mereceriam o seu reconhecimento.

Perceber que, a sua volta, confraternizam pessoas comuns das mais diversas cores, raças e crenças, carregadas de emoção pelo sucesso de um feito extraordinário, nos faz lembrar que o ser humano reconhece seu próximo na luta por um objetivo comum, onde caem por terra os muros da diferença e da segregação. Fomos, vimos e vencemos. Vamos seguir em frente. Shosholoza!

Alexandre Sampaio”

Fonte: Blog Pulso

 

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